Produtor de MT investe em vacas leiteiras e comemora preço recorde do leite
Magno Ribeiro Borges, de Veranópolis, produz 380 litros por dia e vê no leite um caminho mais sustentável e lucrativo em Mato Grosso.
O produtor rural Magno Ribeiro Borges, do distrito de Veranópolis, em Confresa (MT), decidiu apostar todas as fichas na pecuária leiteira. Em 43 hectares, ele produz atualmente cerca de 380 litros de leite por dia com 16 vacas em lactação. O retorno mais rápido e o bom momento do setor foram decisivos para que pensasse em deixar de vez o gado de corte e se dedicasse exclusivamente ao leite.
“Propriedade pequena não compensa ter gado branco porque o financeiro demora muito, mas com o leite, temos investimento baixo e mais retorno”, defende.

O produtor tem recebido R$ 2,50 pelo litro de leite no município, superior à média estadual de R$ 2,31, registrada no primeiro semestre de 2025. O valor representa uma alta de 14,25% em relação ao primeiro semestre do ano passado e supera a série histórica dos últimos dez anos, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Na propriedade de Magno, a família toda participa da produção de leite. O filho de 6 anos ajuda a cuidar dos bezerros, o de 14 contribui com a retirada do leite, e a mulher está envolvida em todo o processo, como contou o produtor rural.

De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rebanho leiteiro mato-grossense soma 262,9 mil vacas ordenhadas, uma produção que vai além da economia. Entre os municípios mato-grossenses, Confresa se destaca como líder no rebanho leiteiro e na produção de leite. Conforme o último levantamento (divulgado em 2024), a cidade registrou 14.331 vacas ordenhadas e produziu 19,66 milhões de litros de leite.

Em Confresa, Magno tem a expectativa de aumentar a quantidade de animais de 16 para 25 vacas em lactação e consequentemente o volume de produção. “500 litros/dia que foi o máximo que já atingi em cinco anos trabalhando com o leite, mas quem sabe até o fim do ano conseguimos atingir os 1.000 litros/dia”, afirma.
Com a constância das chuvas, o produtor passa a contar com mais disponibilidade de alimento para o gado, reduzindo custos com ração. De qualquer forma, Magno também não tem a reclamar do preço dos insumos. “Já cheguei de pagar R$ 42 na saca de 60 kg de milho, um preço muito bom”, destaca.
À frente da representatividade do setor, a Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (MT Leite) conduz uma campanha de valorização do setor lácteo denominada “Do campo à sua mesa, a qualidade do nosso leite”.
A iniciativa busca aproximar o consumidor da origem dos produtos, estimular o consumo consciente e reforçar o orgulho de quem produz com responsabilidade e sustentabilidade. “O futuro é de crescimento e valorização. Queremos que a sociedade reconheça o valor do leite que consome e se conecte com o campo. Essa é a nossa maior riqueza”, destaca o produtor rural e presidente da MT Leite, Antônio Carlos Carvalho.
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