Capivaras ensinam umas às outras a usar a faixa de pedestre, diz biólogo
Biólogo explica que capivaras têm memória e aprendem com o ambiente urbano, o que pode explicar por que atravessam em fila pela faixa de pedestre em Cuiabá
As capivaras de Cuiabá parecem ter aprendido a usar a faixa de pedestre para atravessar a rua. Segundo o biólogo e guia pantaneiro João Marcelo, esses mamíferos têm memória e aprendem com o ambiente urbano, o que explicaria por que esperam os carros pararem antes de cruzar a via.
Imagens gravadas na manhã desta terça-feira (29) mostram o grupo atravessando a rua com tranquilidade, em fila, exatamente sobre a faixa de pedestre, como se conhecessem as regras de trânsito e aguardassem o momento certo para passar.
A cena inusitada e bastante fofa levantou uma dúvida: será que esses animais aprenderam a esperar os carros pararem?
Segundo o biólogo e guia turístico pantaneiro João Marcelo, mamíferos como as capivaras têm memória e são capazes de aprender com o ambiente urbano.
“Eu acredito que seja um comportamento aprendido. Em algum momento elas devem ter tentado atravessar e perceberam que, ao parar na faixa, os carros também paravam. Isso fica registrado na memória delas. Mamíferos são animais inteligentes e aprendem com a experiência”, explicou.
João Marcelo acrescenta que, além de aprenderem, as capivaras conseguem ensinar umas às outras.
“Se uma tivesse sido atropelada, talvez o grupo evitasse aquele local. Elas aprendem tanto pelo que vivenciam quanto pelo que observam. É como diz o ditado: ‘macaco vê, macaco faz’ — e com capivara também é assim”, completou.
O vídeo, além de arrancar sorrisos, chama a atenção para a adaptação da fauna silvestre aos espaços urbanos e reforça a importância do respeito à vida animal no trânsito.

Curiosidades sobre as capivaras
A capivara é o maior roedor do mundo, podendo medir até 1,3 metro de comprimento e pesar 80 kg. Vive em grupos numerosos e altamente sociais, que podem reunir de 10 a 30 indivíduos, o que explica o hábito de atravessar em conjunto. Apesar do jeito tranquilo, esses animais podem correr rápido quando se sentem ameaçados. Como são semiaquáticos, rios e lagos são usados tanto para se alimentar quanto para fugir de predadores.
Comportamento em áreas urbanas
Capivaras se adaptam bem a espaços urbanos pela abundância de alimento e água. São animais com grande capacidade de aprendizado e podem desenvolver comportamentos como esperar na faixa de pedestre para atravessar. Esse padrão está ligado ao chamado “aprendizado por associação”: ao perceberem que parar evita acidentes, repetem a ação e transmitem esse hábito ao grupo.
Orientações para motoristas e pedestres
Em locais próximos a rios e parques urbanos, motoristas devem reduzir a velocidade, principalmente no início da manhã e no fim da tarde, horários de maior deslocamento dos grupos. O ideal é não tentar se aproximar, alimentar ou tocar nas capivaras, já que, mesmo dóceis, podem reagir de forma inesperada. Respeitar o tempo da travessia evita acidentes e garante a segurança dos animais e das pessoas.
Impacto ambiental e saúde pública
As capivaras têm papel importante no equilíbrio dos ecossistemas, mas em áreas urbanas podem ser hospedeiras de carrapatos transmissores da febre maculosa. Por isso, é fundamental evitar contato direto, manter os ambientes limpos e usar repelente ao frequentar locais onde esses animais são comuns.
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