Homem é preso em Cuiabá com carne suspeita de cavalo no carro

Um homem que não teve seu nome divulgado, passa por audiência de custódia no Fórum de Cuiabá, neste sábado (3), após ter sido flagrado com várias pedaços de carne de origem suspeita, possivelmente de cavalo, que ele alegou ser de gado.

Ele foi preso na sexta-feira (02), após a Polícia Militar receber uma denúncia sobre o transporte irregular de carne de cavalo abatido.

Durante a abordagem, os militares localizaram o veículo do suspeito e, ao revistá-lo, encontraram partes de um animal abatido. O homem não portava documentos que comprovassem a procedência legal da carne.

Questionado, ele afirmou que se tratava de uma novilha de sua propriedade, que teria ficado solta perto do supermercado Atacadão, no bairro Morada do Ouro. No entanto, a PM não conseguiu confirmar se a carne era bovina ou equina, e o suspeito não apresentou nenhum comprovante de origem ou abate sanitário.

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Enquanto o acusado aguarda julgamento, donos de cavalos se mobilizaram em frente ao fórum, exigindo punição. Eles suspeitam que o homem possa estar envolvido em outros casos de desaparecimento de animais na área, prática que tem preocupado criadores locais.

Histórico

Segundo Evaldo Fonseca, um dos criadores que acompanha o caso, o suspeito, opera há anos em uma área de mata próxima ao bairro Aroeira, onde abate equinos e vende a carne clandestinamente em mercados do CPA e adjacências.

Na última ação, uma égua medicada com drogas veterinárias fortes, que podem causar infertilidade em humanos foi abatida 15 dias após o tratamento. “Essa carne pode intoxicar quem consumir”, alertou Fonseca.

Operação e protesto

Criadores rastrearam o local após o furto de três éguas há um mês e meio. Encontraram vestígios de abate (sangue e vísceras) e passaram a monitorar a área. Na sexta, ao flagrar o carregamento da carne, acionaram a PM, que prendeu o homem por abate em local inadequado.

Neste sábado, durante a audiência de custódia, cavaleiros protestaram em frente ao Fórum de Cuiabá exigindo punição mais severa. Eles afirmam que, mais de 50 animais desapareceram na região de acordo com os criadores que se organizam pelo whatsapp.

A Polícia Civil investiga se a carne apreendida é equina e a possível atuação de uma rede. O suspeito alegou ser carne bovina, mas não apresentou documentos.