Tocas do tatu-canastra viram lar para tamanduá, cervos e jaguatirica com filhotes

Imensas, bem climatizadas e protegidas, as tocas do tatu-canastra têm a arquitetura ideal para as mais variadas famílias da natureza. As mais recentes imagens divulgadas pelo Projeto Tatu-Canastra mostram os frequentadores das tocas nos três biomas onde a iniciativa atua: no Cerrado, na Mata Atlântica e no Pantanal. Assista no vídeo abaixo.

Herdeiros do tatu-canastra

Mamães de várias espécies, acompanhadas de seus filhotes, foram flagradas nas tocas do tatu-canastra, buscando um lugar para descansar em segurança ou procurando por comida, conforme o projeto.

As câmeras registraram tamanduás-bandeira, tamanduá-mirim, uma mãe cateto com seus filhotes, capivaras e, claro, o gigante canastra com seu bebê.

Até uma jaguatirica e seus filhotinhos fofos fizeram morada em um dos buracos. No vídeo dá até para ouvir o “fungado” da mãe cervo, curiosa, rondando a toca com o filhote.

“Por servirem como refúgios contra predadores, abrigos térmicos e fontes de comida, suas tocas desempenham um papel muito importante para a biodiversidade!”

Projeto Tatu-Canastra.

Os tatus-canastra cavam tocas amplas, justamente para poderem se abrigar melhor, já que a espécie tem proporções gigantescas. Os adultos podem alcançar 1,50 m de comprimento — da ponta do nariz à ponta da cauda — e pesar, em média, 33 kg, com os machos geralmente maiores que as fêmeas.

Contudo, a espécie é bastante exploradora: não permanece muito tempo em uma só região e, portanto, logo deixa as antigas moradas para trás e à disposição das espécies que precisam de um lugar para se abrigar.

O tatu-canastra cava três tipos de buracos:

• Buracos de alimentação, com cerca de 60 cm de comprimento.
• Buracos de descanso, profundos, com cerca de 1,70 m, usados geralmente por uma noite.
• Buracos mais extensos, de até 4 m, usados por alguns dias.

Suas tocas têm formato semicircular e medem, em média, 40 cm de largura por 33 cm de altura.