María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, vence o Prêmio Nobel da Paz 2025
Reconhecida por sua luta pacífica pela democracia e pelos direitos humanos, a opositora se torna símbolo de coragem civil na América Latina.
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi anunciada nesta sexta-feira (10) como a vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025, segundo o Comitê Norueguês do Nobel, em Oslo. O valor total do prêmio é de 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de R$ 6,2 milhões.

Machado foi premiada “por seus esforços persistentes em favor da restauração pacífica da democracia e dos direitos humanos na Venezuela”, informou o comitê. O texto destaca ainda que ela se tornou uma figura unificadora em um cenário político antes fragmentado, reunindo diferentes grupos em torno da defesa por eleições livres e pela reconstrução do Estado de Direito no país.
De acordo com o Comitê Norueguês, a escolha reflete o reconhecimento de Machado como “um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”.
Fundadora do movimento Súmate, criado há mais de duas décadas para fiscalizar eleições e promover o voto livre, María Corina Machado se consolidou como símbolo da resistência ao regime de Nicolás Maduro. Ao longo dos anos, enfrentou perseguições, proibição de sua candidatura e ameaças à própria segurança. Mesmo diante das adversidades, ela optou por permanecer na Venezuela, inspirando milhões de cidadãos.
A Venezuela atual
O Comitê Norueguês do Nobel ressaltou que a Venezuela vive hoje uma das crises mais profundas de sua história recente, após ter sido, por décadas, uma das democracias mais estáveis da América do Sul. O país mergulhou em um colapso político, econômico e social, marcado por um regime descrito como “brutal e autoritário”.
A atual realidade venezuelana é de pobreza extrema, repressão política e forte censura à imprensa. Estima-se que milhões de cidadãos tenham deixado o país nos últimos anos, em busca de melhores condições de vida, configurando um dos maiores êxodos da região.
A perseguição à oposição também foi destacada pelo comitê. Fraudes eleitorais, prisões arbitrárias e intimidação de líderes políticos fazem parte do cenário que enfraquece a democracia no país. Em 2024, Machado foi impedida de concorrer às eleições presidenciais, mesmo sendo a principal adversária do governo. Diante disso, ela passou a apoiar Edmundo González Urrutia, candidato escolhido pela oposição unificada.
Apesar do ambiente de risco e repressão, centenas de milhares de voluntários atuaram como observadores eleitorais, determinados a garantir a contagem legítima dos votos. Segundo o Comitê Norueguês, esses esforços representaram uma demonstração de coragem, inovação e compromisso com uma mudança pacífica e democrática na Venezuela.
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