Municípios de MS aparecem em lista de trabalho escravo no Brasil
Lista é a segunda no ano de 2023 e chamou atenção do governo por conta do número divulgado
Mais de 200 nomes foram incluídos na “lista suja” do Governo Federal. Constam nessa relação empregadores que submeteram trabalhadores em condições análogas à escravidão. Entre esses nomes, há empregadores de 10 municípios de Mato Grosso do Sul. A lista é atualizada duas vezes por ano.
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Para a surpresa do governo, essa última lista, teve a maior inclusão de empregadores por submeterem trabalhadores a condições análogas à escravidão. Ao todo são 473 pessoas físicas e jurídicas em todo país. Desse total, 21 são do estado.
Em Mato Grosso do Sul o trabalho análogo à escravidão está relacionado em 95,2% dos casos ao trabalho rural. Um dos empregadores na lista é da construção civil. Ao todo, 10 municípios do estado tiveram casos de trabalho escravo no estado.
Ocorrências
Em Corumbá são seis ocorrências, cinco em Porto murtinho, dois em Ponta Porã, dois em Campo Grande e mais dois em Anastácio. Já em Iguatemi, Naviraí, Antônio João, Nioaque e Bela Vista foram registrados um em cada município.
Como é elaborada essa lista?
Ela é resultado de fiscalizações, feitas por auditores-fiscais do ministério do trabalho e emprego, que contam com apoio de outros órgãos como defensoria pública da união, ministérios público federa e do trabalho, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
Estar nessa relação traz uma série de implicações para os empregadores como:
- Os empregadores entram na lista após a conclusão do processo administrativo, aberto após os flagrantes da inspeção do trabalho e quando a decisão não tem mais possibilidade de recursos.
- Ficam por dois anos na chamada “lista suja” do trabalho escravo no Brasil.
O advogado Ricardo Sitorski, especialista em direito do trabalho, fala sobre a importância da denúncia.
“As denúncias podem ser realizadas de forma anônima no Ministério do Trabalho ou até de forma remota por uma plataforma do Governo Federal, criada para realizar esse tipo de denúncias”, afirma.



