Pesquisa sobre o Xingu dá origem a livro com dados inéditos
Trabalho coletivo envolveu mais de 160 pesquisadores e resultou em uma obra inédita sobre biodiversidade, recursos naturais e relevância socioambiental do Parque Estadual do Xingu.
A biodiversidade e a importância ecológica da Terra Indígena do Xingu foram reunidas em uma obra inédita lançada na última sexta-feira (19), fruto de uma ampla pesquisa científica desenvolvida ao longo de cinco anos.
O livro apresenta informações inéditas, como o registro de espécies nunca antes catalogadas em Mato Grosso — incluindo samambaias, orquídeas e formigas —, além de uma impressionante diversidade de borboletas, com 1.517 indivíduos identificados entre 2021 e 2023, pertencentes a 151 espécies.

A obra também documenta uma ampla variedade de mamíferos, peixes e outros grupos da fauna local, e foi celebrada como um marco para o conhecimento ambiental e a conservação da região.
Localizado no nordeste de Mato Grosso, o Parque Estadual do Xingu foi criado em 2001 e ocupa atualmente uma área de 95 mil hectares. A Unidade representa um importante refúgio ecológico e cultural em uma das regiões mais ricas e sensíveis do estado.
O livro “Parque Estadual do Xingu: biodiversidade, recursos naturais, importância ecológica e socioambiental” foi viabilizado por meio de uma parceria entre o Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Sema-MT), a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e outras 36 instituições.

(Foto: Governo de MT)
Durante o evento de lançamento, o professor da UFMT Domingos de Jesus Rodrigues apresentou os resultados das pesquisas, que incluíram o mapeamento de características ecológicas, fauna e flora do Xingu. Ele ressaltou a importância do apoio do Estado para viabilizar o trabalho em uma área remota e de difícil acesso.
O secretário de Estado de Meio Ambiente em exercício, Alex Marega, destacou que o livro é resultado de um esforço conjunto entre instituições públicas, pesquisadores, professores e alunos. Ele ressaltou que gerir uma Unidade de Conservação como o Parque Estadual do Xingu exige pesquisas constantes que sustentem políticas públicas voltadas à proteção dos recursos biológicos e sociais da região.
Bruno Araújo, pró-reitor de pesquisa da UFMT, reforçou a importância da obra como culminância de anos de trabalho científico. Para ele, o conhecimento gerado pelo projeto é fundamental para a formulação de políticas públicas eficazes para a preservação dos biomas da Amazônia e do Cerrado.

Já o diretor do Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal, Leandro Battirola, apontou que a publicação é um exemplo de como o trabalho conjunto entre academia e poder público pode gerar resultados concretos. Segundo ele, sem o apoio da Sema, a realização do projeto teria sido inviável, e a integração dos esforços foi essencial para a conservação da biodiversidade local.
A coordenadora de Unidades de Conservação da Sema, Ana Paula Santana, destacou a grandiosidade do projeto, que contou com 162 pesquisadores e foi financiado com recursos do Estado e do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA). Segundo ela, além de contribuir para o conhecimento científico, o projeto também capacitou estudantes e forneceu subsídios importantes para políticas públicas ambientais.
Viabilizado por um Termo de Cooperação Técnica entre a Sema e a UFMT, o projeto teve como objetivo ampliar o conhecimento sobre a Unidade de Conservação e subsidiar a elaboração e atualização do Plano de Manejo do Parque.
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