Crimes esquecidos de Cuiabá viram suspense em minissérie inédita

Filmada em Cuiabá e Chapada dos Guimarães, a minissérie mistura crimes reais e ficção em uma narrativa sombria que celebra a cultura, os artistas e o cinema mato-grossense.

Crimes antigos de Cuiabá que ficaram esquecidos nos arquivos da cidade ganharão nova vida em forma de suspense. Essa é a proposta da minissérie “O Portão do Inferno – Casos Arquivados”, que promete transformar memórias esquecidas em uma trama sombria, dividida em quatro episódios, com estreia prevista para dezembro deste ano.

As filmagens começaram no início de agosto e seguem até setembro, com cenas em casarões antigos de Cuiabá (MT), na estrada para Chapada dos Guimarães (MT) e às margens do Rio Coxipó. Depois de finalizada, a minissérie será exibida gratuitamente. A data do lançamento ainda será divulgada.

Elenco e equipe gravam cenas da minissérie “O Portão do Inferno – Casos Arquivados” em casarão histórico de Cuiabá. (Fotos: Zadoque Nathan)
Elenco e equipe gravam cenas da minissérie “O Portão do Inferno – Casos Arquivados” em casarão histórico de Cuiabá. (Fotos: Zadoque Nathan)

A produção é da CALM Filmes e tem direção do cineasta mato-grossense Luiz Marchetti. O roteiro é assinado pelo escritor cuiabano Jefferson Neves, autor do livro homônimo que inspirou a série, e também responsável pela trilha sonora original.

No elenco estão artistas que fazem parte da cultura mato-grossense, como Vera Capilé, Ilto Silva, Maria Clara Bertulio, Bia Corrêa e Carolina Argenta.

A narrativa percorre o período entre a década de 1940 e os dias atuais, entrelaçando crimes esquecidos nos arquivos históricos com elementos de ficção. O resultado é um suspense que provoca reflexões sobre memória, justiça e identidade social.

Produção mato-grossense recria crimes antigos da capital em clima de suspense. (Fotos: Zadoque Nathan)
Produção mato-grossense recria crimes antigos da capital em clima de suspense. (Fotos: Zadoque Nathan)

Boa parte das cenas será gravada à noite, explorando o contraste entre luz e sombra em espaços históricos e naturais. A fotografia, inspirada no estilo barroco de Caravaggio, e a direção de arte assinada por Douglas Peron e Jefferson Keese criam a atmosfera noir* que conduz a série.

*A palavra noir é francesa e significa “preto” ou “escuro”. No contexto cinematográfico, refere-se ao gênero film noir, caracterizado por filmes policiais e de suspense com forte uso de sombras, iluminação de alto contraste, enredos complexos, personagens ambíguos e a figura da “femme fatale”.

Veja no registro abaixo:

Cenas noturnas da minissérie “O Portão do Inferno – Casos Arquivados” recriam o clima sombrio dos crimes que marcaram a história de Cuiabá.(Vídeo: Produção Redes sociais)

Segundo Jefferson Neves, a obra é uma forma de escuta do que foi silenciado.

“É uma missa para corpos ausentes, mas que ainda querem falar. Cada cena é como um corte arqueológico, que revela camadas da cidade e da memória”, afirma o roteirista.

O projeto é uma realização da produtora mato-grossense Centro Audiovisual Luiz Marchetti (CALM), contemplada por edital da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel/MT), com recursos da Lei Paulo Gustavo.

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Comentários (1)

  • Brígida Silva

    Uma excelente iniciativa, espero que seja estendida para todos,verem conhecer o enredo, valorização dos artistas enfim que seja de domínio público, parabéns por iniciativa memorável 🌹💞💲🎀🎂🎆🥰