Gravado em MS,"Olhos Fechados" é um convite a mudança de comportamento

Curta-metragem foi gravado em Campo Grande e Corumbá

O diretor corumbaense Roberto Leite lança nesta terça-feira (7) o filme “Olhos Fechados”, que conta a história de um jovem artista plástico pantaneiro, que tem a carreira ameaçada após uma cegueira inesperada.

Imagem no trailer do curta-metragem. (Foto: Divulgação/Roberto Leite)
Imagem no trailer do curta-metragem. (Foto: Divulgação/Roberto Leite)

Em Campo Grande, o protagonista Guto conhece Helena, que tem deficiência visual. No entanto, ele não sabe que a jovem não enxerga, e a história se desenrola a partir deste momento, mudando completamente quando Guto perde a visão, sem nenhuma explicação.

“Ele perde instantaneamente a visão e aí, como é que vai ser? Então, ela começa a se relacionar com ele e, aliás, constrói uma relação de troca muito interessante.
Ele não quer, né? Porque ele não é mais nada, além disso. E o artista tem disso, né? Ah, eu não vou deixar de ser escritor na vida. Se eu deixar de ser escritor, eu vou fazer o quê? A gente tem essa angústia na vida. As pessoas mudam de profissão, mas a gente, eu acho que não muda.”

Roberto Leite, diretor do filme

Quem fornece vida para o papel de Guto é Leandro Marques, ator sul-mato-grossense com diversos filmes na carreira, que aceito o desafio de interpretar um personagem com deficiência.

“O que é uma deficiência visual? Como que eu poderia entender o que era essa essa perda no caso do personagem, né? Que ele perde do nada assim de um momento para outro, e por se tratar de sentimentos, sensações, de experiência,
comecei a puxar as intenções do personagem e relacionar com a minha própria vida.”

Leandro Marques, ator

As gravações se concentraram em grande parte nos cenários da região central de Campo Grande, porém trechos foram gravados em Corumbá. Ao todos, o curta-metragem levou quatro dias para ser gravado.


O filme traz uma reflexão sobre como enxergamos os desafios da vida, e de que forma lidamos com os problemas, mesmo quando parecem ser impossíveis de resolver. Com isso, o curta-metragem faz um convite à mudança de comportamento.


A ideia de levar essa reflexão para as pessoas ocorreu após Roberto ter uma experiência familiar parecida com a história do protagonista.

“Foi a partir de uma pequena angústia que passei com a minha irmã, que ela me ligou e falou assim, eu estou com problema no olho, não estou conseguindo enxergar e tudo mais, aí fui ao hospital para ajudar no processo e aí eu estava ali, até ela ser transferida para um hospital ou toda aquela situação, eu comecei a refletir: que sensação esquisita é essa, de você estar vendo nesse segundo e no próximo você não ver nada, e aí o que vai mudar na vida.”

Roberto Leite, diretor do filme

O filme já possui quatro indicações a prêmios internacionais, incluindo a de melhor curta-metragem. A estreia será realizada nesta terça-feira (7), às 19h, no Sesc Teatro Prosa.

Assista o trailer:

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