Famoso no Carnaval, Clube Libanês ainda deixa saudade em Campo Grande

Quem aí frequentou o Clube Libanês? Vem saber mais sobre sua história e fotos de quem curtiu muito essa época boa na capital de MS

O Clube Libanês está na lista da saudade de muita gente que viveu entre os anos 1960 e 1990 em Campo Grande. O famoso Carnaval e várias outras festas faziam sucesso.

Quem contou detalhes da história ao Primeira Página foi Marie Rose Jabbur Sleiman, viúva de um dos maiores presidentes do clube, Abdallah Georges Sleiman, falecido em 2021. Nascida e criada no Líbano, a empresária de 68 anos guarda momentos especiais do Clube Libanês. (assista ao vídeo abaixo)

Vídeo de Marie Rose Jabbur Sleiman contando sobre o Clube Libanês
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Clube Libanês e seu letreiro luminoso nos anos 1980 em Campo Grande. (Foto: Arquivo Pessoal/Mylene Duailibi)
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A empresária Marie Rose em sua sala dedicada ao Líbano, sua terra natal. (Foto: Renata Fontoura)
MARIE ROSE E MARIDO abdallah
Marie Rose sorridente ao lado do marido Abdallah Georges Sleiman. (Foto: Arquivo Pessoal)
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Marie Rose e amigas no Clube Libanês. (Foto: Arquivo Pessoal/Anos Dourados/Redes Sociais)

Festa “Brilhantina no Sertão da Purpurina”

Quem também guarda uma boa história é Edgar Scaff, uma das grandes vozes do rádio e coordenador da Morena FM. Ele foi diretor-social do Clube Libanês no início dos anos 1990. Veja abaixo o que ele reservou para o PP:

Edgar Scaff relembrando bons momentos do Clube Libanês.
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Edgar Scaff em ação na Morena FM 107.1 (Foto: Renata Fontoura)

Scaff também é famoso nas redes sociais, pois ele resgata grandes histórias de Campo Grande. Na sua página do Facebook, que ultrapassa 10 mil seguidores e mais de 5 mil curtidas, encontramos duas fotos especiais do Clube Libanês. ????

CLUBE LIBANES PRETO E BRANCO POSTADA POR EDGAR SCAFF
Fachada do Clube Libanês (Foto: Redes Sociais)
CLUBE LIBANES POSTADA POR EDGAR SCAFF
Uma das festas realizadas no Clube Libanês (Foto: Redes Sociais)

Carnaval no Clube Libanês 

Ah! O Carnaval… Uma das imagens da folia boa é de Florencio Sinzato, médico sul-mato-grossense de 69 anos. Nas redes sociais, ele publicou um dos blocos com amigos em 1969.

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Bloco de Carnaval criada por Florencio e amigos no Clube Libanês; ele é o segundo agachado, de óculos de sol. (Foto: Arquivo Pessoal/Anos Dourados/Redes Sociais)

“Fizemos essa fantasia bem leve para ficarmos à vontade, pés descalços. Tempos bom! Íamos a pé e voltávamos ao nascer do sol, Velhos tempos,  belos dias”, diz o médico, saudosista. 

Florencio nasceu na zona rural de Rochedinho. Aos 6 anos, mudou-se com a família para Campo Grande. O centro foi o seu lar, bem na rua Rui Barbosa. Atualmente, ele mora em Brasília.

Casamento no Clube Libanês

Nos anos 1980, Mylene Duailibi, de 61 anos, se casou na Igreja São José. A festa de casamento foi no Clube Libanês. A pedagoga cresceu bem ao lado do clube, no prédio Dom Aquino, e guarda muita memória especial.

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Mylene se casando no Clube Libanês. (Foto: Arquivo Pessoal/Mylene Duailibi)
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Convidados do casamento de Mylene. (Foto: Arquivo Pessoal/Mylene Duailibi)

“Ficava lindo quando eu passava a noite ali. O clube era um bafo!”, declara Mylene, que também curtiu festas juninas da escola e os famosos carnavais com amigos e família.

Uma das folias é guardada com muito carinho. Na foto está seu pai, Willian Duailibi, que conhecia os donos do clube, uma de suas filhas, aos 3 aninhos, e uma funcionária da casa. A foto ainda mostra as duas cadelinhas da família fantasiadas, Daione e Suzi, da raça Pinscher.

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Pai de Mylene, Willian Duailibi, uma de suas filhas, de 3 aninhos, e duas cachorrinhas curtindo um Carnaval no Clube Libanês. (Foto: Arquivo Pessoal/Mylene Duailibi)
CLAUDIO DUAILIBI POSTOU FESTA JUNINA NO CLUBE LIBANES JULHO DE 1960 ANOS DOURADOS
Mylene curtindo uma festa junina com irmão e amiguinhos no Clube Libanês. (Foto: Reprodução/Anos Dourados/Redes Sociais)

O fechamento do clube, assim como para muita gente, causou tristeza na vida de Mylene. 

“Vivi a minha vida inteira ao lado do clube, então acompanhei todas as festas. Foi uma vida, né? Quando fechou, pra mim, foi como se fosse um luto, achei estranho”, revela. 

O amor pelo local era tão grande que nem mesmo o barulho das festas a incomodava. “O barulho era normal, mas as pessoas do prédio achavam ruim, ainda mais as pessoas de idade (…) Até hoje quando passo lá me bate uma tristeza. Saí do centro com o coração apertado”, afirma.

Hoje, quem passa pela rua Dom Aquino, numeral 1.879, vê o prédio do Clube Libanês com uma enorme placa de “vende-se”, além dos portões trancados e pichações… Marcas do tempo, mas que deixam saudade para quem conheceu bem o interior do imóvel.

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Prédio do Clube Libanês com faixa de “vende-se”. (Foto: Renata Fontoura)
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Muros com pichação e placa contendo a mensagem “estamos em reforma”. (Foto: Renata Fontoura)

Você frequentou o Clube Libanês? Conta pra gente! Vamos adorar conhecer sua história e ver as fotos da época ??

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