Meia azul vira símbolo de paquera nas corridas de rua em Mato Grosso

Novas formas de paquerar surgem todos os dias e o universo das corridas de rua não ficou de fora. A mais recente tendência entre os corredores é a “meia azul”, usada por quem quer mostrar que está solteiro e aberto a conhecer novas pessoas enquanto se exercita.

A moda começou a partir de uma pesquisa do aplicativo de relacionamentos InnerCircle, que descobriu que 89% dos usuários gostariam de identificar outros solteiros durante a prática esportiva. Com as redes sociais, a ideia se espalhou rapidamente e hoje é possível ver grupos inteiros com o acessório em provas e treinos pelo país.

Em Mato Grosso, o treinador Valdecarlos Santos, de 48 anos, confirma que a brincadeira ganhou espaço entre os corredores.

“Temos mais de 70 corridas por ano no estado. Todo fim de semana tem prova e o número de participantes só cresce. A meia azul virou um jeito divertido de se conectar”, comenta.

Para ele, o fenômeno reflete a diversidade e a democratização da corrida, já que antes, apenas os profissionais corriam. Agora, ele percebe que a corrida abrange quem busca saúde, performance, diversão e até paquera, o que torna o crescimento do público visível.

“A São Silvestre de dez anos atrás tinha 10 mil pessoas. Agora são 50 mil. A Corrida de Reis também dobrou o número de inscritos em poucos anos”, compara.

A tendência pode ter começado como uma brincadeira, mas acabou incentivando ainda mais gente a se exercitar e até a superar desafios pessoais.

“Já vi pessoas que saíram de quadros de depressão ou doenças graves devido à corrida. Para muitos, aquele treino ou medalha significa recomeço”, destaca Valdecarlos.

Seja para cuidar da saúde, se desafiar ou encontrar um novo amor, uma coisa é certa: nas ruas, quem usa meia azul está pronto para correr e talvez também para se apaixonar.

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