Admirar e refletir: MT é tema de exposição de Gervane de Paula em SP
'Como é bom viver em Mato Grosso' conta com obras dos 40 anos de carreira de Gervane de Paula e ficará em cartaz até setembro, na Pinacoteca em São Paulo
As produções artísticas do cuiabano Gervane de Paula ganharam um novo espaço na arte e cultura brasileiras. É que a exposição ‘Como é bom viver em Mato Grosso’ entrou em cartaz no último sábado (23) na Pinacoteca de São Paulo, contando com um acervo de 40 anos de trajetória do artista.
‘Como é bom viver em Mato Grosso’
Direto de São Paulo, Gernave conversou com o Primeira Página e contou que a exposição é um recorte dos 40 anos de carreira, contando com produções desde 1979 até o ano passado.
Pinturas, autorretratos, esculturas e instalações com diversos objetos, retratam as diversas paisagens cuiabanas, festas populares, a cultura e reflexões sóciopolíticas da região.

Com o passar do tempo, o cenário que, antes era voltado para paisagens e o contato entre seres humanos e a vida animal, agora convida os cidadãos para um pensamento crítico sobre questões como o meio ambiente, queimadas, necessidades sociais e políticas mato-grossenses, com um olhar artístico que chama atenção nacionalmente.
O bairro Araés, em Cuiabá – onde está o ateliê de Gervane – também é cenário das imagens, representando o convívio dos cuiabanos, cenas com mangueiras e cajueiros e pinturas que retratam a pesca e mineração.
Uma arte contemporânea que utiliza vários materiais, como embalagens, pedaços de madeiras e outros objetos, tudo unido, principalmente, à pintura, aumentando a experiência sensorial de quem vê.
“Sempre tem a presença de elementos da cultura regional, mas, ao mesmo tempo, tem uma provocação que acaba chamando o interesse de outras pessoas além de Mato Grosso” afirma o artista cuiabano.

Artista, mas também expectador
Essa não é a primeira vez que Gernave leva seu acervo para fora de Mato Grosso. Em 1982, as obras do cuiabano foram expostas pela 1ª vez no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, na mostra coletiva ‘Brasil/Cuiabá: Pintura Cabocla’, organizada pela crítica cultural Aline Figueiredo.
Além de ser uma forma de gerar reconhecimento às obras do artista, a primeira exposição individual dele, agora em São Paulo, ainda o tornam expectador da própria arte!

Gervane explicou que muitas das obras escolhidas pela curadoria de Thierry Freitas nunca foram vistas pelo público e passaram décadas guardadas em seu acervo pessoal.
Mas, agora, o cuiabano pode apreciá-las em um espaço de grande importância para a cultura brasileira, na cidade paulista. Obras como Mapa (2016) e Pantera negra (2023) podem ser vistas pela primeira vez.
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Na primeira galeria, apenas obras individuais de Gervane. Já no segundo espaço da Pinacoteca, estão as obras do cuiabano com outros artistas, como pinturas realizadas a partir dos personagens do pintor Phillip Guston, um retrato de grandes dimensões da artista Leda Catunda, feito nos anos 1980.

A terceira e última galeria da mostra reúne obras criadas a partir da década de 2000, com um testemunho das experiências de conflito e violência no Centro-Oeste. Nesse recorte, Gervane explora artes com temáticas da violência policial, aumento do desmatamento e queimadas no Pantanal, o uso indiscriminado de agrotóxicos e o tráfico de drogas.
Horários de visitação
‘Gervane de Paula: Como é bom viver em Mato Grosso‘ fica em cartaz até 1º de setembro de 2024, no edifício Pina Luz, segundo andar.
Os interessados podem apreciar a exposição de quarta a segunda-feira, das 10h às 18h (horário de SP). Quintas-feiras com horário estendido B3 na Pina Luz, das 10h às 20h (gratuito a partir das 18h).
Sobre Gervane de Paula
Nascido em Cuiabá, em 1961, Gervane de Paula é um artista que produz em diferentes linguagens e suportes, trabalhando com pintura, escultura e instalações.

Sua obra tem profunda relação com os ecossistemas e experiência na região em que vive. O cerrado, a floresta e o pantanal são objetos de reflexão para sua produção.
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