Capital do Chamamé: músicos celebram título merecido de Campo Grande

Senado aprovou título de Capital Nacional do Chamamé a Campo Grande e agora projeto de lei vai para sanção presidencial

Quando o acordeon anuncia as primeiras notas, qualquer sul-mato-grossense sabe que o chamamé começou. Gostando ou não, o estilo musical está presente em praticamente todos os cantos de Mato Grosso do Sul, em centros de tradição paraguaia ou gaúcha, mesclando o melhor dos dois mundos, em uma versão única.  

Castelo Queiróz e Marlon Maciel celebram título de Capital do chamamé para Campo Grande (Foto: Naiane Mesquita)
Castelo Queiróz e Marlon Maciel (Foto: Naiane Mesquita)

Como forma de reconhecer essa parte da cultura regional tão forte, o Senado Federal aprovou o projeto de lei 4528/2019, que concede o título de Capital Nacional do Chamamé a Campo Grande. Agora, só falta a sanção presidencial.  

Para quem vive de tocar esse estilo há mais de 30 anos, a sensação é de reconhecimento por um trabalho árduo e diário.

“O chamamé é arrepiante. Ele arrepia mesmo quem tem sentimento, a pessoa sente uma alegria interna. Eu comecei no chamamé com 13 para 14 anos de idade e hoje eu tenho 60. Toda a vida foi acompanhando os amigos tocando e sempre sendo curioso”, acredita o músico chamamezeiro Castelo Queiróz.

Castelo e Marlon Maciel celebram tocando “Soy El Chamamé” (Crédito: Domingos Lacerda/TV Morena)

Marlon Maciel concorda com o colega. Tocando o estilo desde 1988, ele já esteve à frente do Canto da Terra e agora está no Grupo Trem Pantaneiro.

“Nosso estado, MS, apesar de ser ainda jovem, precisa de uma definição da cultura, que inclui desde a culinária até a música. Esse título vem no momento ideal, é um reconhecimento importante imagina para nós que tocamos o chamamé, o que significa para a gente. Maior presente que estamos recebendo”, confessa. 

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O músico cita a proximidade dos artistas sul-mato-grossenses com a cidade de Corrientes, na Argentina, onde o estilo musical surgiu. “Depois passou pelo Paraguai e agora está no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, mas em Campo Grande criamos uma linguagem diferente, criada pelo Zé Correa. O estilo de leitura, de tocar, interpretar, é diferente em Mato Grosso do Sul. Os demais que vieram foram enriquecendo isso”, pontua.

Capital do Nacional do Chamamé

Campo Grande será reconhecida como Capital Nacional do Chamamé, título concedido pelo PL 4528/2019, aprovado na quinta-feira (17) pelo Senado. 

O chamamé se originou no nordeste da Argentina, nas províncias entre os rios Paraná e Uruguai, região conhecida como “Mesopotâmia argentina”. No Brasil, se popularizou nos estados de Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Também se espalhou para o Paraguai e o Uruguai. 

O projeto veio da Câmara dos Deputados e segue agora para a sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

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