Recebidos com emoção, Orquestra Indígena Ueze Zahran retorna a MS após turnê na Europa
Com cartazes, trajes típicos e cânticos que celebram a ancestralidade, os indígenas receberam os músicos que levaram para fora do país a força de sua cultura
O saguão do Aeroporto Internacional Ueze Zahran, em Campo Grande, foi tomado por emoção e orgulho na noite desta quarta-feira (3). Pais, mães, familiares e amigos aguardavam ansiosos o desembarque da Orquestra Indígena Ueze Zahran, que retornava de uma turnê pela Europa.

Com cartazes, trajes típicos e cânticos que celebram a ancestralidade, os indígenas receberam os músicos que levaram para fora do país a força de sua cultura.
Para Alessandra Matias, tia de uma das musicistas, o momento foi de lágrimas e alegria. “É muita emoção, né? A gente nunca imaginava ter alguém da família representando em outro país. Para mim é gratificante ver ela levando a nossa cultura através da música, do violino.”
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Dona Marineide Albuquerque, trabalhadora de serviços gerais, destacou o aprendizado da filha. “Para mim representa evolução, experiência, educação. É um foco para ela ser alguém na vida.”

Os abraços apertados após dias de distância deram o tom da recepção. O violinista Thiago Francisco Pereira descreveu a experiência como inesquecível. “É orgulho, felicidade. Não tem palavra para descrever o quão maravilhoso foi levar a minha cultura para o mundo.”
O pai de Thiago, Eloilson Pereira, reforçou a importância da troca cultural. “A gente sente lá dentro, como se representássemos a nossa cultura através da música. Eles levam o que temos de mais valioso e também trazem novas ideias. Isso muda o pensamento deles e fortalece ainda mais nossa identidade.”
Sucesso internacional
A orquestra se apresentou em Portugal e Espanha, com casas cheias e grande receptividade do público europeu. O concerto “Arapiá Guaçu” encantou plateias ao unir tradição indígena, natureza e história em arranjos que misturam instrumentos clássicos e elementos da cultura ancestral.
Criada em 2016 na Aldeia Urbana Darcy Ribeiro, em Campo Grande, a orquestra nasceu com incentivo da Fundação Ueze Zahran e já é considerada um dos principais projetos culturais indígenas do Brasil.
O maestro Jardel Tartari destacou o impacto da experiência. “Foi incrível por dois motivos: levar a nossa cultura para outros locais e também viver esse intercâmbio cultural. Foi enriquecedor para todos nós.”
Celebração da ancestralidade
A recepção no aeroporto teve a força da tradição. Para o cacique Adolfo Fonseca Loureiro, o momento marca um novo capítulo para os jovens músicos. “Estamos aqui para incentivá-los a alcançar novos horizontes. Esse foi um passo muito grande, um voo enorme. Eles merecem tudo isso e muito mais.”
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