Mãe e filha, Lucia e Marli Maggi figuram na Forbes entre as bilionárias do Brasil

As mulheres da família Maggi foram destaque no ranking de bilionários da Forbes Brasil em 2022. Líderes da gigante agrícola AMaggi, criada por André Maggi (1927-2001), Lucia Borges Maggi, de 91 anos, e sua filha Marli Maggi Pissollo, 68 anos, estão entre as 58 mulheres mais ricas do país.

De acordo com a publicação, divulgada nesta sexta-feira (2), a lista de bilionárias brasileiras segue os critérios da Forbes norte-americana, que tem a participação acionária em empresas listadas em bolsas de valores como principal fonte de informação. A data de corte da apuração do patrimônio foi 31 de maio de 2022.

Tanto Lucia, como Marli ocupam a posição de número 50 na lista com uma fortuna avaliada em R$ 7,1 bilhões. Lucia Maggi, seus filhos Blairo e Marli, e os genros Itamar e Hugo controlam a gigante a empresa, que tem sede em Cuiabá.

A companhia tem negócios de navegação e energia e fazendas de grãos. Blairo já foi governador do Mato Grosso duas vezes (2003-2010), senador (2011-2019) e ministro da Agricultura no governo Temer. Presidente da divisão Agro do grupo, Itamar é marido de Vera Lúcia, e Hugo é casado com Fátima. Os dois genros são controladores do banco Amaggi Crédito SA.

Forbes

A participação das bilionárias na lista da Forbes se manteve estável em 19% quando comparada com o ano passado. De 284 nomes no ranking de bilionários da Forbes Brasil em 2022, as mulheres ocupam 58 posições na lista.

Trata-se de um recorte modesto, mas um avanço frente seis anos atrás, quando a presença feminina se limitava a 32 nomes. Em 2021, o ranking era composto por 60 mulheres, mas o total de bilionários listados também era maior, 315 nomes.

Neste ano, o ranking de bilionários da Forbes Brasil conta com sete novos ingressantes, dos quais apenas um é uma mulher: Cristina Helena Junqueira, cofundadora do Nubank.

A executiva entra na lista com uma fortuna avaliada em R$ 2,5 bilhões, cifra bastante distante do ápice da sua fortuna em dezembro passado, quando o banco digital abriu capital na Bolsa de Valores de Nova York. Naquele momento, a fortuna de Junqueira chegou a ser avaliada acima de R$ 7 bilhões.

Leia mais

1. Dono dirigia: veículo que atropelou jovem em Cuiabá não estava emprestado

2. Homem é preso por arremessar bebê de 3 meses durante festa

3. Bebê morre no parto e pais serão indenizados em R$ 45 mil

4. Envie sua pergunta para o debate dos candidatos ao governo de MS

5. Homem pede idosa em namoro para aplicar golpe superior a R$ 400 mil

6. Moda dopamina? Cores vibrantes são tendência da vez

O top 10 feminino é composto por nomes como Leila Pereira, presidente do Palmeiras e CEO da Crefisa; Ana Lúcia Villela, uma das maiores acionistas individuais do Itaúsa (ITSA3); e Vicky Sarfati Safra, viúva do banqueiro Joseph Safra.

Deixaram de fazer parte do topo feminino de bilionárias brasileiras as mulheres da família Trajano. No ano passado, a matriarca Luiza Helena Trajano era a 13ª colocada do ranking geral (incluindo homens e mulheres) com uma fortuna estimada em R$ 23,50 bilhões.

Neste ano, a ex-CEO do Magazine Luiza (MGLU3) está na 86ª posição, com uma fortuna avaliada em R$ 4,3 bilhões. A desvalorização de cerca de 82% das ações da varejista na Bolsa de Valores no último ano também afetou o patrimônio de outras mulheres da família.

Gisele Trajano, neta de Luiza Helena, viu seu patrimônio diminuir de R$ 7,20 bilhões no ano passado para R$ 1,31 bilhão neste ano. Flávia Bittar Garcia, sobrinha de Luiza Helena, teve uma perda de mesma magnitude: saiu de uma fortuna de R$ 11,18 bilhões para R$ 2,04 bilhões.