Condenados, mãe e padrasto de Sophia enfrentam novo depoimento
Igor Andrade, marido do pai de Sophia, também será ouvido; ele foi arrolado como testemunha de acusação
A apuração judicial sobre as circunstâncias das violências que a pequena Sophia sofreu, antes de ser morta aos 2 anos, tem mais um capítulo nesta sexta-feira (27). Hoje acontece a audiência de instrução da ação por maus-tratos relacionada à fratura na perna da menina. A ação corre em segredo de Justiça.

Igor de Andrade, marido do pai de Sophia, o técnico de enfermagem Jean Carlos Ocampo, será ouvido. Foi Jean quem denunciou a suspeita de agressão, em 22 de novembro de 2022, após a fratura. Igor foi arrolado como testemunha de acusação, segundo a advogada Janice Andrade, assistente de acusação da família da menina.
“Hoje é dia de ficar cara a cara com a maldade, com tudo o que há de ruim nesta terra.
Idor de Andrade, via Instagram.
Hoje é dia de reviver. Hoje, pela primeira vez, querem me ouvir. Que Deus nos dê força e continue sempre conosco!🙏”
Condenados pela morte da criança, o outro padrasto de Sophia, Christian Campoçano Leithem, e a mãe de Sophia, Stephanie de Jesus, participam por videoconferência, direto da prisão. A defesa de Stephanie tentou adiar a audiência, sem sucesso.
O caso Sophia
Jean Carlos denunciou o caso à polícia após Sophia dar entrada em uma unidade de saúde com uma fratura na tíbia. À época, Jean chegou a ser acusado pela mãe da menina de ter registrado a ocorrência apenas para ficar com a guarda de Sophia.
Diante da ocorrência, a mãe da criança, Stephanie, foi intimada e disse à polícia que Sophia fraturou a tíbia enquanto ela dava banho na filha. Sophia teria “caído com a perna virada”, foi levada para passar por raio-x e, durante o exame, foi constatada a fratura na tíbia.
Depois de registrar a ocorrência, segundo a Polícia Civil, Jean foi informado de que poderia pedir medida protetiva para a menina, o que a polícia afirma que ele não solicitou. Também foi expedido o pedido para exame de corpo de delito, para que a criança fosse levada ao IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), mas o pai não teria levado a criança para realizar o exame.
Com isso, no dia 20 de dezembro de 2022, a polícia concluiu o TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) e encaminhou a ocorrência ao Poder Judiciário, sem o laudo de exame de corpo de delito, que seria uma das provas da materialidade das agressões.
A polícia afirmou ainda que o tempo para a conclusão desse TCO foi de quarenta dias, prazo considerado razoável para esse tipo de procedimento.

Quando o pior aconteceu
A suspeita de maus-tratos sofridos por Sophia culminou em um fim trágico. Na noite de 26 de janeiro de 2023, Stephanie levou a filha morta à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Coronel, com sinais de agressão e suspeita de estupro.
Naquela mesma noite, mãe e padrasto foram presos e, de lá, só saíram para prestar depoimento à Justiça e sentar no banco dos réus. Em 5 de dezembro de 2024, Christian e Stephanie foram condenados a 52 anos de prisão pelo assassinato da criança.
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