Cuiabá bloqueia mais de R$ 100 milhões de grandes devedores
Voltado exclusivamente a cobranças acima de R$ 500 mil, o núcleo atua em casos de alta complexidade e adota um modelo de investigação patrimonial detalhado.
A Prefeitura de Cuiabá conseguiu bloquear mais de R$ 100 milhões em bens de grandes devedores após a criação do Núcleo de Atuação em Demandas Estratégicas (NAE), estrutura recém-implantada pela Procuradoria-Geral do Município (PGM) para intensificar a recuperação de receitas públicas.
Voltado exclusivamente a cobranças acima de R$ 500 mil, o núcleo atua em casos de alta complexidade e adota um modelo de investigação patrimonial detalhado, indo além dos sistemas tradicionais de rastreamento de ativos. Em poucos meses, a equipe já mapeou R$ 313 milhões em patrimônio penhorável, e parte dessas ações resultou em bloqueios efetivos, autorizados pelo Poder Judiciário.

Coordenado por Luiz Antônio Giroldo Filho e supervisionado pelo Procurador-Chefe da Procuradoria Fiscal, Ricardo Alves dos Santos Júnior, o núcleo opera sob a direção do Procurador-Geral do Município, Luiz Antônio Araújo Júnior.
O trabalho combina inteligência jurídica e pesquisa minuciosa sobre o perfil financeiro dos devedores, identificando movimentações suspeitas, criação de holdings, transferências simuladas e alienações ilícitas usadas para ocultar patrimônio.
A iniciativa representa uma mudança de postura na cobrança da dívida ativa municipal, priorizando resultados práticos e a efetividade das execuções fiscais. Segundo a Procuradoria, o foco é garantir o retorno de valores aos cofres públicos para fortalecer áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura urbana.
Além do impacto financeiro, o novo modelo tem efeito pedagógico: reforça o compromisso do município com a justiça fiscal e sinaliza que grandes devedores não terão espaço para driblar suas obrigações.Segundo a PGM, o NAE marca uma mudança de postura na cobrança da dívida ativa municipal, com foco em resultados concretos e na proteção das finanças públicas.
A meta é garantir recursos para manter serviços essenciais — como educação, saúde, infraestrutura e assistência social — e reforçar a cultura de cumprimento das obrigações fiscais.
Para a gestão municipal, a medida também tem efeito pedagógico: além de recuperar valores expressivos, envia uma mensagem clara aos grandes devedores de que o município está vigilante e disposto a agir com firmeza para assegurar a justiça fiscal e o equilíbrio das contas públicas.
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