DJ, ex-servidor da ALMT e outras 16 pessoas viram réus por esquema de R$ 185 milhões

Denunciados foram alvos da Operação Datar, que investigou um esquema de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.

A Justiça recebeu, nessa quinta-feira (9), a denúncia da 18ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá contra 18 pessoas alvos da Operação Datar, que investigou um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, que teria movimentado R$ 185 milhões provenientes do tráfico de drogas e outros crimes.

Entre os réus, estão o DJ Diego de Lima Datto, apontado como suspeito de ser o líder do esquema, e o ex-superintendente de Tecnologia da Informação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Vinicius Curvo Nunes. Confira a lista completa dos denunciados:

  • Diego de Lima Datto
  • Patrike Noro de Castro
  • Jackson Luiz Caye
  • Marco Antônio Santana
  • Clovis Leite Junior
  • Vânia Marilda de Lima Datto
  • Vinicius Curvo Nunes
  • Lucas Goudinho e Gonçalves
  • Thiago Massashi Sawamura
  • José Guilherme Datto
  • Thiago Inoue
  • Robson Luiz de Siqueira Couto
  • Celso Dourado de França
  • Enzo Gonçalves Bonfim da Costa
  • Mirelle Havana Zago
  • Mauro José Zago Junior
  • Elizabete Maria Noro
  • Rafael Geon de Sousa

O Primeira Página tenta localizar a defesa dos citados.

DJ Diego de Lima Datto foi preso suspeito de liderar esquema milionário. | Foto: Reprodução
DJ Diego de Lima Datto foi preso suspeito de liderar esquema milionário. | Foto: Reprodução

Vinicius foi exonerado do cargo na ALMT após as investigações. Diego, Patrike, Jackson e Marco já possuem condenações por tráfico de drogas, associação para o tráfico, contrabando e moeda falsa.

Conforme o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), os réus responderão por associação criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia, eles se associaram de forma estável e permanente para praticar reiteradamente o crime de lavagem, ocultando e dissimulando a origem ilícita de valores provenientes do tráfico de drogas.

Além da condenação dos réus, o MPMT pediu o perdimento de bens e valores obtidos com os crimes, incluindo dinheiro bloqueado em contas e investimentos, espécie, bens móveis e imóveis apreendidos ou sequestrados no valor de R$ 32.218.077,63, atualizado com juros e correção monetária.

Dinheiro vivo apreendido durante a Operação Datar, que investiga esquema de lavagem de R$ 185 milhões ligado ao tráfico de drogas.
Dinheiro vivo apreendido durante a Operação Datar, que investiga esquema de lavagem de R$ 185 milhões ligado ao tráfico de drogas | Foto: Polícia Civil-MT

A operação

A Operação Datar cumpriu 67 ordens judiciais em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul (incluindo a cidade de Ponta Porã) e São Paulo. Os policiais apreenderam pelo menos sete armas de fogo, mais de R$ 60 mil em dinheiro vivo, veículos de luxo e outros bens.

A investigação, conduzida pela Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), revelou que os envolvidos movimentavam valores milionários de forma fracionada entre contas de pessoas físicas e jurídicas, sem comprovação de origem lícita.

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