Justiça determina religamento de radares em rodovias federais; 3 em MT estão desligados
Em Mato Grosso, conforme informou o superintendente da Polícia Rodoviária Federal, Arthur Nogueira, os radares das BRs 070, 174 e 185 permanecem desligados há alguns dias.
A Justiça Federal determinou que o Governo Federal religue os radares em rodovias federais, que estão desligados desde o dia 1º de agosto devido à falta de recursos. Atualmente, cerca de 4 mil pontos de fiscalização eletrônica espalhados por 45 mil quilômetros de rodovias federais estão fora de operação, afetando a segurança viária em todo o país.
Em Mato Grosso, conforme informou o superintendente da Polícia Rodoviária Federal, Arthur Nogueira, os radares das BRs 070, 174 e 185 permanecem desligados há alguns dias. Já os trechos de rodovias concessionadas, como a BR-163 e a BR-364, continuam com os equipamentos funcionando normalmente.
O problema financeiro ocorre porque o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) precisava de R$ 364 milhões para manter os radares operacionais neste ano, mas o orçamento liberou apenas R$ 43 milhões.
O desligamento dos equipamentos ocorreu mesmo diante de decisões judiciais anteriores que buscavam impedir a interrupção da fiscalização eletrônica.
A nova determinação foi assinada pela juíza Diana Wanderlei, da 5ª Vara Federal de Brasília, em uma ação popular originada em 2019. Na época, o então presidente Jair Bolsonaro anunciou que desligaria radares usados para multar motoristas que excedem a velocidade permitida. A Justiça firmou um acordo com o governo para evitar a retirada dos aparelhos.
Com a decisão desta semana, o DNIT deverá notificar as concessionárias para que mantenham os radares ativos e funcionando. O órgão foi intimado na segunda-feira à noite, e agora tem prazo para assegurar a reativação dos equipamentos.
O DNIT informou ainda que, desde o desligamento, a média de infrações de trânsito aumentou de forma significativa. Em uma amostragem de 201 faixas de rodovias, o número de infrações não multadas cresceu mais de 800% até 12 de agosto, evidenciando o impacto direto da paralisação dos radares na segurança viária.
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