Desmatamento: mais de 500 km de estradas ilegais foram abertas na Bacia do Xingu
Dados mostram avanço de crimes ambientais em Mato Grosso e Pará
Mais de 500 km de estradas ilegais foram abertas em 2021 nas áreas protegidas da Bacia do Xingu, conforme dados do SiradX, um sistema de monitoramento da Rede Xingu+. O número é o maior registrado desde 2018. As estradas foram abertas para dar escoamento ao roubo de madeiras e invasões.
O levantamento mostra que Mato Grosso e Pará são os estados líderes no crime ambiental, com aumento de 14% em relação a 2020. Nem mesmo as áreas protegidas ficaram ilesas. O sistema registrou aumento de 30% no desmatamento desse locais.

Marcelândia, a 639 km de Cuiabá, foi o município que registrou maior índice de desmate, com 592 hectares, dos quais 49% foram em áreas ilegais. Ainda que o governo do estado tenha a meta de zerar o desmatamento ilegal, Mato Grosso registrou 61% de desmatamento na bacia sem autorização.
União do Sul, Peixoto de Azevedo e Gaúcha do Norte tiveram 100% de ilegalidade nos desmatamentos detectados em novembro e dezembro de 2021.
Terras indígenas
Os dados mostram que o desmatamento em terra indígenas bateu recorde em 2021, sendo 28% maior que no ano anterior. A terra indígena Apyterewa foi a mais desmatada nos dois últimos meses de 2021, com 562 hectares e foram abertas 22 km de estradas ilegais, seguida pela Cachoeira Seca, com 561 hectares.
O território dos Parakanã foi o mais afetado, com 8.160 hectares de desmatamento. De acordo com o levantamento, “(…) essas estradas viabilizam a grilagem de terra, a exploração garimpeira e as invasões nas Terras Indígenas vizinhas (…) A falta de fiscalização e a impunidade motivam os infratores a continuar explorando os recursos naturais dos territórios, colocando em risco as comunidades indígenas”, diz trecho do documento.
Leia abaixo a íntegra do levantamento:
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