Exploração mineral: 18 empresas vão pesquisar terras raras em Mato Grosso
O Brasil possui a segunda maior reserva de elementos terras-raras do mundo, atrás apenas da China.
A Agência Nacional de Mineração autorizou 18 empresas, sendo 17 brasileiras e uma australiana, a pesquisar terras raras em Mato Grosso. No Estado, a área pesquisada possui 180 mil hectares.
Ainda em fase inicial, os pesquisadores realizam aerolevantamento e mapeamentos geológicos na área. Dados da agência apontam que foram recebidos mais de 2.400 pedidos de análises de várias regiões do país, desde 2023.

O Brasil possui a segunda maior reserva de elementos terras-raras do mundo, atrás apenas da China. Esses elementos fazem parte de um grupo de minerais considerados críticos para o processo de transição energética, mas em Mato Grosso, a exploração e o beneficiamento deles ainda requerem maior investimento em pesquisa.
“Ao nível de geologia tectônica global, Mato Grosso é um local ideal para ocorrência de rochas alcalinas, as quais são as rochas que contêm os elementos terras-raras. Até hoje, elas foram descobertas parcialmente, com pouca descoberta”, pontuou o presidente da Sociedade Brasileira de Geólogos, Francisco Pinho.
Em 2018, o serviço geológico brasileiro, já havia identificado potencial em Mato Grosso, mas o Estado ainda não aparecia nos registros oficiais. Foi somente em 2025, que a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), encontrou potencial para terras raras no norte do estado, devido à presença de rochas alcalinas em três grandes regiões, sendo elas Itiquira, Serra do Canamã e Planalto da Serra.
Nessas regiões, os minerais possuem três características importantes, sendo elas o magnetismo, propriedades específicas e luminescência. Fatores que levam os pesquisadores a acreditarem que o Brasil possa dominar o mercado global.
“O avanço da tecnologia e a mudança do petróleo para energias limpas, tipo eólicas, baterias com mais potência e carros elétricos que consomem menos energia, houve um crescimento no mundo das terras raras”, explicou o gerente regional da Agência Nacional de Mineração, Jocy Gonçalo de Miranda.
No último dia 15 de setembro, o Ministério de Minas e Energia anunciou a criação de um novo conselho nacional da mineração para discutir terras raras. Em Mato Grosso, um grupo de trabalho da assembleia legislativa busca criar leis de incentivo à pesquisa pública.
“A gente tá construindo uma minuta que vai abarcar dentro da constituição estadual, a regulamentação dessas políticas mineiras, incluindo políticas de Pesquisa de Desenvolvimento, Fomento, Destinação de Taxas e impostos das áreas. A gente quer prever investimento tecnológico, projeto, pesquisa, desenvolvimento, fomento, destinação de recursos e afins”, contou Tais Costa, vice-presidente do Grupo de Trabalho (GT).
As terras raras não estão apenas na mineração, elas estão ligadas à alta tecnologia, seja ela nos celulares, TV, telas de equipamentos, tablet, entre outros.
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