Boi soberano: conheça a história por trás desse hino atemporal do sertanejo

“Me ‘alembro’ e tenho saudade do tempo que vai ficando do tempo de boiadeiro…” Quem nunca ouviu ou cantarolou essas estrofes, mesmo sem saber sua origem? A música, um dos maiores clássicos da música caipira brasileira, nasceu de uma história inventada mas que o povo abraçou como verdade.

Nos anos 1950, o poeta e compositor Izaltino Gonçalves, então um jovem criativo de Rio Preto (SP), ouviu um causo que corria o interior: um boi bravo, famoso por seu temperamento, teria salvado uma criança de um acidente em Barretos. A história nunca aconteceu de fato, mas Izaltino, hoje com 95 anos, transformou-a em poesia e assim nasceu “Boi Soberano”.

“Na época, todo mundo achou que era verdade. Até hoje tem gente que jura que o boi existiu”, ri o compositor, que ainda mora em Tanabi, no Noroeste Paulista.

A canção, gravada por grandes nomes como Tião Carreiro e Pardinho e Mayck & Lyan, virou um hino do gênero, atravessando décadas sem perder seu lugar no imaginário sertanejo.

Por que esse sucesso não morre?

A resposta pode estar na magia das lendas caipiras, que misturam fantasia e realidade, ou na melodia simples que gruda no ouvido. Seja como for, “Boi Soberano” é mais que uma música é um pedaço da cultura brasileira que ainda ecoa em festas de rodeio, programas de rádio e rodas de viola.

Quem diria que uma mentirinha renderia tanto.

🎶 “Esse boi salvou meu filho, ninguém mata o Soberano”