Política de Primeira – MS

Mato Grosso do Sul: nos bastidores do poder. A notícia de forma leve e descontraída.

Por Henrique Shuto

Marun não se arrepende de dancinha após rejeição de denúncia contra Temer

Na época, Carlos Marun comemorou decisão da Câmara dançando e cantando paródia de “Tudo está no seu lugar”, música de Benito di Paula

Uma das principais figuras da tropa de choque do governo Temer, o ex-deputado federal e ex-ministro Carlos Marun (MDB) afirmou, em entrevista ao podcast Política de Primeira, que não se arrepende da dancinha para comemorar o arquivamento da denúncia contra o ex-presidente Michel Temer, em 2017. “Tudo está no seu lugar, graças a Deus, graças a Deus. Surramos mais uma vez essa oposição que não consegue nenhuma ganhar”, cantou e dançou na época.

“Eu até não sei se eu faria se eu soubesse da repercussão, mas eu não posso dizer que estou arrependido porque se acontecer de novo eu vou fazer de novo. Não me prejudicou em nada politicamente”, declarou Marun ao podcast.

Em outubro de 2017, a Câmara dos Deputados arquivou a segunda denúncia oferecida pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Temer pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.

Carlos Marun durante entrevista ao podcast Política de Primeira (Foto: Nathália Rabelo)
Carlos Marun durante entrevista ao podcast Política de Primeira (Foto: Nathália Rabelo)

“Eu fiquei anotando os votos. Deputado tal, como vota: sim, não. Fiquei anotando esses votos. Algumas decepções, de gente que pensamos que ia votar conosco, não votaram. Chegamos. Deu o número necessário de votos pra nós derrotarmos aquilo. Quando acontece isso, eu dou uma respirada, paro de anotar, levanto da minha mesa e me dirijo pra fora. Vim com muita felicidade e vim cantarolando: ‘tudo está no seu lugar’. E estava a imprensa na porta: e daí, deputado, cantando? Cantando e dançando, eu disse. Dancei ali na hora: ‘tudo está no seu lugar’. Virou aquela confusão, relembrou Marun.

Marun cantou e dançou um trecho de paródia de “Tudo Está no seu Lugar”, música que ficou conhecida na versão de Benito di Paula.

“Eu tive uma alteração com Benito di Paula, autor da música. Ele falou: eu fiz pra minha mãezinha. Aí eu falei: só se tua mãe é o Golbery [do Couto e Silva, principal ideólogo da ditadura militar brasileira], porque essa música tu fez a pedido do Golbery. Que isso, rapaz [Benito di Paula]. Tu fez essa música no meio da ditadura e tu vai cantando que tudo está no seu lugar, graças a Deus. Tu fez essa música por encomenda da ditadura, para de fazer onda. Que tua mãe, rapaz. Pensa que eu sou criança”, disparou Marun.

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