Presos ligados a facções em MT não querem trabalhar, diz governador
Segundo o governador, apenas uma pequena parcela dos detentos da maior penitenciária de Mato Grosso participa de atividades laborais e que a lei não permite obrigá-los.
O governador de Mato Grosso Mauro Mendes (União) afirmou que detentos ligados a facções criminosas se recusam a trabalhar em obras públicas, o que, segundo ele, poderia acelerar o andamento dos projetos.
A afirmação surgiu após ele ter sido questionado se presos poderiam trabalhar na construção do Bus Rapid Transit (BRT), maior obra de mobilidade urbana em execução em Cuiabá e Várzea Grande.

(Foto: Mayke Toscano/Secom)
Ele afirma que o governo fica à mercê da vontade dos detentos trabalharem. “Hoje nós temos aqui na Penitenciária Central do Estado (PCE) em torno de 250, que é em torno de 10%, 15% na média que querem trabalhar e estão trabalhando”, criticou.

“Tem população carcerária, mas você não vai encontrar mão de obra. Primeiro, os faccionados não querem trabalhar. A lei não obriga ninguém a trabalhar, ele trabalha se quiser. Então, eu não posso pegar o cara lá, dar uma chibatada nele. Se pudesse, talvez seria bom, mas não podemos fazer isso e obrigá-lo a trabalhar”, comentou.
A PCE, citada por Mauro Mendes como exemplo, é a maior unidade prisional de Mato Grosso e abriga mais de 2,9 mil presos, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comunicação do Estado (Secom-MT).

As obras do BRT
O Sistema BRT (Bus Rapid Transit) está em implantação em Cuiabá e Várzea Grande com o objetivo de oferecer um transporte coletivo mais rápido, seguro e eficiente para a população. O projeto prevê corredores exclusivos para ônibus de alta capacidade, estações modernas, integração com outros modais e melhorias urbanas ao longo do trajeto, como a construção de um parque linear e a requalificação de calçadas.
O sistema é composto por dois corredores principais. O primeiro liga o Terminal de Várzea Grande ao Terminal do CPA, passando pela Avenida da FEB, o centro de Cuiabá e a Avenida Prainha. O segundo corredor sai do Terminal do Coxipó, próximo ao viaduto do Parque Cuiabá, e segue pela Avenida Fernando Corrêa da Costa até o centro da capital.
O projeto inclui ainda cinco linhas de ônibus, sendo duas paradoras e três expressas, além da implantação do Parque Linear da Avenida Rubens de Mendonça, que terá 6,2 km de extensão, ciclovia, pista de caminhada e áreas de lazer com espécies nativas do Cerrado.
As obras foram inicialmente contratadas em 2022 e passaram por reestruturação contratual em 2025.
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