Cuiabá emite alerta para risco de sarampo após surto na Bolívia

Diante do avanço do sarampo em países vizinhos e do risco de introdução do vírus em território brasileiro, a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS Capital), emitiu um alerta oficial nesta segunda-feira (30). O documento reforça a necessidade de detecção precoce e notificação imediata de casos suspeitos no município.

A medida foi tomada após a Bolívia declarar Emergência Sanitária Nacional no último dia 24 de junho, em razão do aumento expressivo de infecções. Segundo dados do CIEVS Nacional, até 25 de junho, 63 casos de sarampo foram confirmados no país vizinho.

O primeiro registro deste ano ocorreu em abril, em um bebê na região de Santa Cruz. Um segundo caso foi confirmado em uma pessoa que havia participado de eventos com grande aglomeração, incluindo um com mais de 30 mil pessoas.

Fronteira acende alerta

Com 730 quilômetros de fronteira seca entre Mato Grosso e a Bolívia, a preocupação das autoridades sanitárias se intensifica. A circulação constante de pessoas entre os dois territórios eleva o risco de disseminação do vírus, especialmente em cidades fronteiriças e em Cuiabá, porta de entrada de muitos viajantes. Até o momento, não há casos confirmados da doença na capital.

O CIEVS orienta que qualquer caso suspeito de sarampo seja notificado à Vigilância Epidemiológica em até 24 horas e que o paciente seja mantido em isolamento imediato, a fim de conter uma possível cadeia de transmissão.

Os principais sinais do sarampo incluem febre alta, manchas vermelhas pelo corpo (exantema), tosse seca, conjuntivite (olhos vermelhos e irritados) e coriza (nariz escorrendo ou entupido).

Prevenção e vacinação

A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, está disponível gratuitamente nas unidades básicas de saúde. As recomendações são:

• Pessoas de 12 meses a 29 anos devem receber duas doses;
• Pessoas de 30 a 59 anos devem receber uma dose, caso ainda não tenham sido vacinadas;
• Profissionais de saúde devem manter o esquema vacinal em dia.

Também são recomendadas medidas como a higienização frequente das mãos, a ventilação dos ambientes e o uso de máscara por pessoas sintomáticas. Viajantes que retornarem de regiões com registro de casos e apresentarem sintomas devem procurar imediatamente uma unidade de saúde e relatar o trajeto da viagem.

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