4 são presos por emboscar e matar adolescente grávida para roubar bebê em Cuiabá
As quatro pessoas presas devem passar por audiência de custódia ainda hoje
O delegado Caio Albuquerque, da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira (13) que quatro pessoas estão presas pela morte de Emilly Azevedo Sena, 16 anos.
A adolescente, que estava grávida de nove meses, foi vítima de um crime brutal, motivado pelo roubo de seu bebê. (Vídeo abaixo mostra prisão de dois dos quatro suspeitos).
Conforme as investigações da Polícia Civil, a adolescente grávida foi atraída para a residência de um casal sob a promessa de que receberia doações para a bebê. A suspeita a abordou pelas redes socais e chegou a pagar um carro de aplicativo para que a jovem fosse ao seu encontro.
O casal foi preso em flagrante na madrugada desta quinta-feira (13) quando tentavam registrar o bebê recém-nascido no Hospital e Maternidade Santa Helena de Cuiabá. A mulher disse à equipe médica que teria tido um parto em casa, o que foi descartado pelos profissionais.
Emilly Azevedo Sena não fez mais contato com a família desde que saiu de casa.

O delegado explicou que o crime de ocultação de cadáver possibilita flagrante a qualquer momento, o que levará o casal à audiência de custódia ainda nesta quinta (13). Ele também destacou que os quatro suspeitos têm ligação entre si, e que a polícia está trabalhando para esclarecer o papel de cada um no crime.
“Não é um crime de uma só mão, todos os quatro envolvidos se conhecem. Vamos individualizar as condutas e dentro das próximas horas serão enviados para a audiência de custódia”, afirma. (Assista a entrevista do delegado no vídeo abaixo).
O delegado informou que a principal suspeita é que Emilly tenha sido morta para que a criança fosse roubada. A investigação agora busca esclarecer o destino da criança e os objetivos claros dos autores do crime.
Casal suspeito
Na madrugada desta quinta-feira (13), o casal procurou o hospital e solicitou uma Declaração de Nascimento para a bebê recém-nascida.
O casal alegou que o parto tinha sido feito em casa. Porém, após avaliação médica, constatou-se que a suposta mãe não apresentava sinais do puerpério – pós parto -, o que levantou suspeita.
Diante da inconsistência no relato, a equipe médica acionou as autoridades, e o casal foi encaminhado à Central de Flagrantes para prestar esclarecimentos.
O desaparecimento
A mãe de Emilly, Ana Paula Meridiane, relatou que uma mulher havia feito contato com a adolescente dias antes, se apresentando como bombeira civil e oferecendo ajuda com roupas e dinheiro para transporte por aplicativo.
Desde que saiu de casa, Emilly não atendeu mais ligações e se comunicou apenas por mensagens de texto — comportamento considerado estranho pela família.
A bebê permanece sob cuidados médicos no hospital e, por determinação do Conselho Tutelar, está em local seguro até que a Justiça defina sua guarda. A criança passa bem.
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