Ação de combate à violência contra a mulher prevê pagamento de horas extras a policiais
O pagamento de horas extras será ofertado a policiais civis, militares e bombeiros que atuarem nas ações do programa SER Família Mulher.
Um Termo de Cooperação Técnica assinado nessa quarta-feira (23) prevê o pagamento de horas extras a policiais militares que atuarem no combate à violência contra mulheres em Mato Grosso.
O documento foi assinado pelos secretários de Estado de Assistência Social e Cidadania, Klebson Haagsma, e de Segurança Pública, coronel PM César Roveri, além da primeira-dama Virginia Mendes.

O pagamento de horas extras será ofertado a policiais civis, militares e bombeiros que atuarem nas ações do programa SER Família Mulher.
A validade da medida é até agosto de 2027 e pode ser prorrogada. No entanto, o governo não informou quando os agentes de segurança começam a ser pagos, nem o valor que cada um vai receber.
Dados de violência contra mulher
Em 2024, Mato Grosso registrou 47 casos de feminicídio – um a mais que em 2023 (46) – e manteve a maior taxa do país, empatado com Mato Grosso do Sul, em 2,5 ocorrências por 100 mil mulheres. Os feminicídios corresponderam a 47% dos homicídios de mulheres no estado, ante 44,7% em 2023, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Embora o número absoluto de feminicídios tenha se mantido praticamente estável (+0,5%), a elevação da proporção em relação aos homicídios de mulheres evidencia um padrão preocupante: quase metade dessas mortes envolve motivação de gênero. No mesmo período, o total de vítimas femininas de homicídio caiu de 103 para 100 (-4,5%), mas o peso dos crimes classificados como feminicídio aumentou.
Mortes de mulheres no primeiro semestre
De 1º de janeiro a 24 de julho deste ano, o estado já registrou 30 casos de feminicídio, de acordo com o Observatório Caliandra, do Ministério Público Estadual. No mesmo período do ano passado, foram 19 casos. No comparativo, houve um aumento de cerca de 42%, no número de feminicídios.




