Acusado de matar mulher dentro da UFMT tem prisão temporária decretada
Reyvan da Silva Carvalho, de 30 anos, ficará preso na Penitenciária Ahmenon Lemos, em Várzea Grande, após decisão judicial.
A Justiça de Mato Grosso decretou a prisão temporária de Reyvan da Silva Carvalho, de 30 anos, acusado de matar Solange Aparecida Sobrinho, de 52 anos, dentro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá. O crime aconteceu em julho deste ano e causou grande comoção entre estudantes, professores e servidores da instituição.
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De acordo com a decisão assinada pela juíza Helicia Víti Lourenço, da 12ª Vara Criminal da Capital, Reyvan deve permanecer em reclusão pelo prazo inicial de 30 dias. A prisão temporária foi decretada após ele passar por audiência de custódia, realizada neste sábado (30) no Fórum de Cuiabá.
Após a determinação judicial, Reyvan foi encaminhado para a Penitenciária Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, na região metropolitana da capital. A unidade abriga presos provisórios e condenados por crimes de diversas naturezas.
O crime que vitimou Solange foi decisivo para revelar a identidade de um suspeito de estupros e assassinatos em série, que agia em Cuiabá.

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) analisou vestígios biológicos encontrados no corpo da vítima e também uma bituca de cigarro deixada no local do crime. O DNA levou a um perfil já registrado no banco genético do Estado e escancarou o histórico do homem: ele está ligado a pelo menos quatro casos de estupro e feminicídio nos últimos cinco anos.
O elo que ligou os crimes
A partir do material genético de Solange, a Politec encontrou coincidência em três outros casos violentos contra mulheres:
- 2020 – Parque Ohara: estupro seguido de feminicídio.
- 2021 – Bairro Tijucal: estupro.
- 2022 – Jardim Leblon: estupro.
As amostras genéticas coincidiram com as de um homem que já havia sido preso em um dos casos. Essa conexão foi o ponto de virada para cravar a identificação do suspeito como autor em série.
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Um rastro de violência
A investigação mostra que o agressor seguiu um padrão de ataque ao longo dos anos, sempre em regiões próximas, com vítimas mulheres. A confirmação só foi possível porque, após a morte de Solange, o DNA coletado foi incluído no banco de perfis genéticos.
Até então, a Polícia Civil havia trabalhado com seis suspeitos, mas todos foram descartados. Com a nova análise, ficou evidente que os crimes tinham um mesmo autor, agora formalmente identificado pela perícia.
Os laudos foram entregues à Polícia Civil, que deve reforçar as acusações e aprofundar as investigações.
O caso Solange
Solange foi vista por câmeras de segurança circulando sozinha pelo campus da universidade no dia 23 de julho, por volta das 15h20, poucas horas antes de desaparecer. No dia seguinte, agentes de vigilância patrimonial da UFMT encontraram o corpo da vítima em um galpão abandonado, fora da área de circulação acadêmica.
Equipes da Polícia Militar, Politec e Samu foram acionadas. A perícia confirmou a morte e encaminhou o corpo ao Instituto Médico Legal (IML). De acordo com laudos preliminares, a vítima era portadora de esquizofrenia.
O delegado Bruno Abreu, que acompanhou o caso desde o início, explicou que as imagens de monitoramento e os laudos técnicos foram cruciais para identificar o suspeito. “Estamos investigando os últimos passos da vítima. O caso corre em sigilo para não comprometer as diligências”, destacou.
A UFMT, em nota, reforçou que o local onde o corpo foi encontrado estava desativado e sem uso acadêmico, e que Solange não tinha qualquer vínculo com a instituição.
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