Agredida pelo filho, mulher morre 10 dias depois com suspeita de intoxicação em MS

Medicamento antiagulante que a moradora usava causou efeitos adversos que comprometeram a saúde da vítima

Uma mulher de apenas 48 anos, moradora em Jardim, morreu na Santa Casa de Campo Grande por suspeita de intoxicação por medicamento, nesta segunda-feira (18). Para além do quadro de saúde delicado, dez dias antes de ser internada, a vítima foi agredida pelo filho, que é autista. Ela se recuperava dos hematomas quando viu seu estado clínico se agravar.

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Santa Casa de Campo Grande onde a vítima morreu. (Foto: Divulgação)

Conforme o boletim de ocorrência sobre o caso, desde que foi submetida a uma cirurgia cardíaca, há cerca de 15 anos, a mulher fazia uso contínuo do medicamento anticoagulante warfarina, mas sem acompanhamento médico adequado. O relato foi feito à Polícia Civil por um primo da vítima.

Segundo o médico que atendeu a paciente na Santa Casa, a dosagem do medicamento estava inadequada para o atual estado de saúde da mulher, o que teria contribuído para o surgimento de efeitos adversos graves, como anemia severa, hemorragias internas e hematomas pelo corpo, além de episódios recorrentes de desmaios.

A mulher teria buscado atendimento médico em Jardim por diversas vezes; contudo, era medicada e liberada, sem maiores intervenções, o que teria agravado seu quadro clínico.

No último sábado, a vítima passou mal e precisou ser internada em Jardim, mas seu estado de saúde piorou e ela foi transferida, em caráter de urgência, para a Santa Casa de Campo Grande. A mulher já chegou à Santa Casa entubada.

Ela deu entrada no hospital com hematomas “generalizados” que estavam se agravando, conforme o boletim de ocorrência. Cerca de 24 horas após ser internada, a mulher sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e apresentou um quadro de choque hipovolêmico — que ocorre quando há uma redução significativa no volume de sangue no corpo — e não resistiu.

O caso foi registrado na Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Integrado de Polícia) como morte “decorrente de fato atípico”.

A reportagem não conseguiu contato com a delegacia de Jardim para saber se a suposta agressão que a mãe sofreu do filho foi registrada na Polícia Civil.

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