Ex-funcionário de empresa condominial é preso por desvio de R$ 55 mil

Segundo as investigações, ele se aproveitava do cargo de assistente financeiro em empresas de assessoria condominial para manipular operações bancárias.

Um ex-funcionário de uma empresa de administração de condomínios é o principal alvo da Operação Proditor, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso na manhã desta quarta-feira (8) para desarticular um esquema de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro que teria causado prejuízo a condomínios de Cuiabá.

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Polícia Civil investiga ex-funcionário suspeito de fraudar condomínios na capital. (Foto: PJC-MT)

O homem, de 34 anos, é apontado como o articulador de um golpe que desviou mais de R$ 55 mil de pelo menos dois condomínios da capital mato-grossense. Segundo as investigações, ele se aproveitava do cargo de assistente financeiro em empresas de assessoria condominial para manipular operações bancárias e realizar 46 transações fraudulentas, beneficiando sete pessoas próximas a ele.

A ação, conduzida pela Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, cumpriu um mandado de prisão preventiva, um mandado de busca e apreensão domiciliar no bairro Jardim Vitória, além do bloqueio de contas bancárias e do sequestro de imóveis e veículos ligados aos investigados. As medidas foram autorizadas pelo Juízo do Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias.

De acordo com o delegado Gustavo Godoy Alevado, o esquema consistia na falsificação de notas fiscais e boletos bancários em nome de fornecedores legítimos dos condomínios. Os síndicos eram induzidos a realizar pagamentos via Pix sob o argumento de evitar juros e multas, mas o dinheiro era direcionado a contas de terceiros ligados ao grupo criminoso.

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Após as transferências, os valores eram redistribuídos entre os integrantes da associação criminosa, e grande parte retornava ao ex-funcionário, apontado como o líder da fraude.

A delegada Eliane da Silva Moraes, titular da Delegacia de Estelionato, destacou que o objetivo da operação é também recuperar os prejuízos das vítimas. “O sequestro de bens e o bloqueio de ativos buscam garantir a reparação dos danos e impedir que o grupo continue atuando financeiramente”, afirmou.

O nome “Proditor”, que em latim significa “traidor”, foi escolhido para simbolizar a quebra de confiança cometida pelo ex-funcionário contra os condomínios que administrava.

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