MS bate recorde de mortes em confronto com a polícia na década

É o 60º registro do ano, número que ultrapassa em 2 casos o de 2019, até agora o ano como mais apontamentos de mortes por intervenção de agente de estado desde 2013

A morte de Gabriel Rojas Luna, de 23 anos, ocorrida na madrugada desta segunda-feira (14), em Campo Grande, consolida um recorde de óbitos durante ações policiais na década em Mato Grosso do Sul.

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A tabela de registros de morte por intervenção de agente de estado, ainda sem o caso de hoje. (Foto: reprodução de site oficial)

É o 60º registro do ano. Esse número ultrapassa em dois casos o de 2019, até agora o ano como mais apontamentos de mortes por intervenção de agente de estado, como é classificado esse tipo de ocorrência no bando de dados da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública).

A série histórica começa em 2013 e considera os dados do Sigo (Sistema de Gestão Operacional), no qual são feitos todos os boletins de ocorrência policiais em Mato Grosso do Sul.

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Na comparação com o ano de 2022, o aumento de mortes em situação definidas como confronto entre suspeitos de crimes e a polícia em Mato Grosso Sul fica próximo dos 40%. No ano passado, havia sido 43 anotações, o ano todo.

Trâmite

A morte de Gabriel vai ser investigada em um IPM (Inquérito Policial Militar), seguindo orientação vigente em Mato Grosso do Sul, definida depois de um impasse com a Polícia Civil, que antes ficava responsável por esses fatos.

Leia aqui sobre essa situação e o que ficou definido.

Rojas

Segundo as explicações da PM, o inquérito vai ser conduzido para investigar a conduta da equipe policial e assim que for concluído, é encaminhado à Auditoria Militar. Por ser crime contra a vida, a Auditoria repassa a uma das varas do Tribunal do Júri, dependendo do resultado do inquérito da PM.

À Polícia Civil, que esteve no local, vai caber a inestigação de crimes atribuídos aos civis. Foram encontradas drogas no veículo onde Gabriel estava, junto com outras duas jovens, além de uma arma.

O boletim de ocorrência sobre o óbito afirma que ao ser abordado, ele fez menção de atirar contra os policiais e por isso houve a reação à “injusta agressão”.

O rapaz morto não tinha passagens policiais conforme a reportagem apurou.

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