Operação Vaga Zero apura desvios milionários na saúde de Selvíria

A operação apura desvios em contratos de R$ 2,9 milhões no município com pouco mais de 8 mil pessoas

O município de Selvíria voltou a entrar na mira da polícia nesta quarta-feira (10). Em menos de um mês após ser alvo da Polícia Federal, na Operação ‘Rastro Cirúrgico’, a cidade amanheceu com equipes do DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), em nova operação conjunta com o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Contratos de R$ 2,9 milhões estão sob investigação.

selviria
Operação Vaga Zero em Selvíria | (divulgação)

Foi deflagrada a 2ª fase da Operação Vaga Zero, que investiga fraudes e desvios de recursos públicos no transporte de pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).

Nesta etapa, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. As ordens foram executadas na sede da Secretaria Municipal de Saúde, no Centro de Especialidades Médicas (CEM) e em residências de servidores e particulares investigados.

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Fraudes em contratos

A apuração aponta indícios de superfaturamento, pagamentos por serviços não prestados e contratação direta irregular de empresas para a prestação de serviços médicos de sobreaviso e transporte intermunicipal de pacientes em casos de urgência e emergência.

De acordo com o DRACCO, foram identificados dois contratos consecutivos, ambos de aproximadamente R$ 1,45 milhão cada, com objetos semelhantes e cláusulas que revelariam sobrepreço e falhas na execução.

Um dos contratos teria sido firmado com uma empresa que sequer funcionaria de fato. No endereço registrado como sede, os investigadores encontraram apenas uma construção em andamento, sem qualquer atividade compatível com o serviço contratado.

Empresas de fachada

A investigação também apura o uso de empresas de fachada e possíveis vínculos ocultos entre gestores públicos e prestadores de serviço. Entre os alvos estão servidores que ocupavam cargos de direção e fiscalização na saúde municipal à época dos fatos, além de médicos vinculados ao município. Parte desses servidores já havia sido afastada em operação da Polícia Federal.

Segundo o MPMS, o esquema teria causado prejuízos milionários aos cofres públicos, com a fixação de números de transferências de pacientes muito acima da realidade local.

A operação tem como objetivo reunir provas e adotar medidas cautelares para estancar danos ao erário e garantir a continuidade das investigações, que seguem sob sigilo.

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