PF: prefeitura de Corumbá não sabe alvos, mas nega mandados contra atual gestão
O Município diz que as apurações se referem a fatos ocorridos em gestões anteriores
A Prefeitura de Corumbá divulgou nota oficial nesta terça-feira (7) para se manifestar sobre a segunda fase da Operação Prometeu, deflagrada pela Polícia Federal e que investiga supostas grilagem de terras públicas no Pantanal. A ação menciona servidores municipais, mas, segundo o comunicado, até o momento não houve qualquer notificação formal à atual administração.

De acordo com nota divulgada pela prefeitura, não há confirmação oficial sobre quais servidores, cargos ou setores poderiam estar envolvidos, nem sobre o grau de participação dos investigados.
O Município diz que as apurações se referem a fatos ocorridos em gestões anteriores e que eventuais responsabilizações poderão recair sobre administrações passadas.
“Havendo confirmação oficial de que servidores são objeto de investigação ou que foram alvo de mandado judicial, o Município adotará imediatamente as medidas administrativas cabíveis, dentro do devido processo legal, resguardando os direitos e garantias dos investigados. Essas medidas podem incluir, conforme o caso e conforme legislação aplicável: afastamento cautelar das funções (durante tramitação da investigação interna ou processo administrativo); instauração de processo administrativo disciplinar ou sindicância interna para apurar responsabilidades administrativas;aplicação de penalidades disciplinares se comprovadas as infrações (advertência, suspensão, demissão, entre outras previstas em lei); cooperação plena com a Polícia Federal, o Ministério Público e demais órgãos de controle, envidando esforços para acesso a informações e documentos que contribuam para o esclarecimento dos fatos”.
A prefeitura também destacou que irá cooperar com as investigações da Polícia Federal, Ministério Público e órgãos de controle, garantindo acesso a documentos e informações necessárias para esclarecer os fatos.
No comunicado, a administração reforçou o compromisso com a legalidade, transparência e moralidade administrativa, assegurando que não tolerará desvios de conduta no serviço público municipal. “Sendo comprovadas condutas irregulares ou ilícitas, as medidas cabíveis serão adotadas com rigor, no âmbito administrativo e, se for o caso, judicial”, diz a nota.
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Operação contra grilagem de terras
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (7) a segunda fase da Operação Prometeu, com foco no combate a crimes ambientais e de grilagem de terras da União no Pantanal sul-mato-grossense. Foram bloqueados 8,4 mil hectares de área griladas em MS. Grilagem de terras é o termo usado para a prática de tomar posse de terras públicas ou de terceiros de maneira ilegal.
A investigação teve início após os incêndios que devastaram áreas do bioma em 2024. Na primeira fase da operação, a PF cumpriu mandados expedidos pela Justiça Federal de Corumbá e identificou que duas fazendas atingidas pelo fogo eram alvo recorrente de queimadas criminosas, seguidas por tentativas de ocupação irregular.
Com a análise de documentos apreendidos, celulares, movimentações financeiras e oitivas de testemunhas, os investigadores descobriram a atuação de um grupo criminoso estruturado, responsável por transformar ilegalmente 6.419 hectares de terras públicas em fazendas particulares.
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