Polícia diz que enfermeira abusou de 2 crianças com deficiência a mando de médico
De acordo com o delegado, o médico e a enfermeira mantinham um relacionamento amoroso e ela era uma espécie de "escrava sexual".
De acordo com o delegado Flávio Leonardo Santana, que conduz as investigações sobre uma suposta rede criminosa ligada ao médico e ex-vereador de Canarana, Thiago Bittencourt, a enfermeira presa nessa quarta-feira (13), em Rondonópolis, mantinha um relacionamento amoroso com ele e cumpria todas as exigências do suspeito.
Ainda segundo o delegado, ela teria abusado de duas crianças com deficiência, a mando do médico, enquanto prestava serviços de enfermagem na modalidade home care.

As vítimas pertencem a famílias diferentes e assim como a enfermeira, moravam em Rondonópolis.
“Ele exigia que ela cometesse os abusos gravasse e enviasse o material pra ele. Esses crimes configuram estupro de vulnerável, produção e compartilhamento de conteúdo de pornografia infantil”, disse o delegado.
Escrava sexual
Em entrevista, o delegado afirmou que a enfermeira mantinha uma relação de “escrava sexual” com Thiago. Veja vídeo:
Prisão
A enfermeira foi presa na tarde dessa quarta-feira, em Rondonópolis, durante mais uma fase da Operação Verdades Secretas. Também foi cumprido um mandado de prisão preventiva contra o médico. Essa já é a quinta ordem judicial cumprida contra ele desde o início das investigações.
Thiago Bittencourt é o principal suspeito de praticar múltiplos crimes sexuais. Ele está preso na Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa, em Rondonópolis, onde o novo mandado de prisão foi cumprido.
O médico e ex-vereador foi preso no dia 31 de maio, após as denúncias de abuso. Ainda segundo as investigações, Thiago se aproveitava da função que ocupava em uma unidade de saúde pública do município de Canarana para cometer os abusos.
A Polícia Civil apurou que o suspeito mantinha relacionamentos amorosos com outras mulheres submetidas a condições degradantes, e com o mesmo tratamento que ele tinha com a enfermeira. Algumas das vítimas tinham filhas e ele tinha acesso à crianças.
Mesmo após o término das relações, o médico coagia as mulheres a manterem relações sexuais com ele, utilizando-se de ameaças e violência.
Pelo menos 6 vítimas foram identificadas:
- Uma mulher de 29 anos e sua filha de 8 anos;
- Uma mãe e filha, com idades não divulgadas;
- Uma adolescente de 17 anos, descrita como mantida em situação de “escravidão sexual”;
- Uma adolescente de 15 anos, que teria sido abusada desde os 12 anos de idade;
- Uma criança de apenas 2 anos;
- Uma mulher de 36 anos.
Rede criminosa
Além da enfermeira, as investigações apontam que havia uma rede criminosa em torno do médico que além de praticar os abusos, distribuía material de pornografia infantil.
Em julho, a Polícia Civil de Mato Grosso, com o apoio da Polícia Civil de Pernambuco, cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de uma sargento da aeronáutica que mantinha dentro da casa dele um estúdio com vasto material de conteúdo pornográfico infantil e também usado para gravações de conteúdo sexual.
O militar, de 41 anos, é ligado ao ex-vereador médico de Canarana. Segundo a Polícia Civil, na casa do sargento, foram encontrados aparelhos celulares, notebook, HD’s, e pen drives. Nos dispositivos eletrônicos haviam imagens de pornografia infantil.
No mesmo dia da ação contra o sargento, em Pernambuco, outras sete mulheres também foram presas em Canarana, Água Boa, Querência, Gaúcha do Norte, Rondonópolis, Várzea Grande e Sorriso.
A polícia informou que todos os investigados tinham algum tipo de vínculo com Thiago Bittencourt, mas não tinham conhecimento sobre a relação dele com os demais envolvidos.
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Comentários (1)
Caramba,tantas profissões destinadas a proteger ,eram , enfim usadas para os crimes,a punição tem que ser severa, castração química, prisão, tratamento contra loucura, enfim,se não fosse degradante e violência igual ou até pior a que praticou lobotomia,mas na prática, além de ser prática substituída por outras punições e ignorância achar que vai resolver a ação do sujeito, mas tem que justiça do tamanho dos crimes