Vereadores suspensos e mais dois são presos com arma em Maracaju
Segundo apurado, Helio Albarello, um dos 8 vereadores que tiveram o mandato suspenso por suspeita de envolvimento em esquema de propina, foi preso ao lado do filho; terceiro flagrante foi na casa de um laranja
Os vereadores Hélio Albarello (MDB) e Laudo Sorrilha (PSDB), afastados junto com outros seis parlamentares da Câmara Municipal de Maracaju, a 149 km de Campo Grande, foram presos em flagrante por posse de arma de fogo, na manhã desta quarta-feira (7). Armas foram encontradas na casa deles durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão por meio da Operação Dark Money.

Segundo apurado, o filho de Hélio, Marlon Albarello, também foi flagrado com arma e conduzido à delegacia. Uma quarta pessoa, um homem de 42 anos, esposa de uma mulher investigada como laranja em esquema de corrupção envolvendo vereadores da cidade, também foi preso em flagrante.
Outros alvos
Além de Hélio e Laudo, a reportagem apurou que os vereadores Robert Ziemann – presidente da Câmara -, Nenê da Vista Alegre (MDB), Catito (PSDB), Nego do Povo (MDB), Joãozinho Rocha (MDB) e Jeferson Lopes (Patriota), são os outros alvos da operação e, por isso, foram afastados de seus cargos, nesta quarta.
Outros nomes que já ocuparam cadeira na Câmara Municipal de Maracaju, mas não estão na ativa, são: Vergílio da Banca, Toton Pradence e “Professor Dada”.
Os parlamentares são suspeito de, entre os anos de 2019 e 2020, terem recebido propina em esquema de corrupção. Estimativa da Polícia Civil aponta que a fraude desviou ao menos R$ 23 milhões dos cofres públicos, entre dezembro de 2019 e novembro de 2020 e, pelo silêncio, os vereadores teriam recebido R$1.374.000,00, em um ano.
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De acordo com a delegada Ana Cláudia Medina, do Dracco, os pagamentos eram feitos ora por meio de cheques, recebidos diretamente pelos parlamentares, ou por “laranjas” indicados por eles, ou mesmo em espécie, estratégia que era utilizada para dificultar a fiscalização e o rastro do dinheiro.
Esta é a terceira fase da operação. Na primeira, no dia 22 setembro de 2021, servidores e ex-servidores, incluindo ex-secretário municipal e ex-prefeito da cidade de Maracaju, foram presos temporariamente.
Na 2ª fase, ainda em 2021, as prisões temporárias foram convertidas em preventiva, bem como, outros investigados acabaram sendo presos, envolvidos no esquema de corrupção que lesaram os cofres do município de Maracaju.
Posicionamentos
À reportagem, o prefeito de Maracaju, José Marcos Calderan, informou que está em Bonito, participando de um encontro entre prefeito, promovido pela Assomasul, mas que acompanha o caso.
“Estou acompanhando por meio das notícias, que estão me mandando, mas sei que é continuação da operação do ano passado. Minha preocupação agora é com a votação do orçamento do ano que vem, que está previsto para a semana que vem, mas o jeito é aguardar. Os suplentes devem ser nomeados”, afirmou.
A reportagem tentou contato com representantes da Câmara Municipal de Maracaju, mas as ligações não foram atendidas.
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