O que são os redemoinhos de poeira? Entenda o fenômeno que assustou moradores de MT
Redemoinhos de poeira são fenômenos comuns em dias de sol e calor intenso e são gerados pela instabilidade do ar. Eles podem arrancar telhados e causar danos materiais
A cidade de Diamantino, em Mato Grosso, foi palco de um evento meteorológico que gerou susto e prejuízos materiais. Nessa sexta-feira (29), um redemoinho de poeira ou “dust devil”, como é tecnicamente chamado se formou e, de acordo com relatos, quase arrancou uma tenda de trabalho, derrubou uma caixa d’água e danificou um telhado. Veja o vídeo:
O evento, registrado em vídeo pelo morador, Marcos Oliveira da Silva, levanta a questão sobre a origem e o impacto desses fenômenos, que são mais comuns do que se imagina em certas regiões do Brasil.
O redemoinho de poeira é uma coluna de ar que gira rapidamente, levantando poeira e detritos do solo. Diferentemente dos tornados, que estão ligados a tempestades severas e nuvens de chuva, os “dust devils” se formam em dias de tempo bom, com céu claro e muito calor.
A formação desses fenômenos está diretamente ligada à alta temperatura do ar e do solo, que, em conjunto, criam condições ideais para o seu surgimento.
Como se formam os redemoinhos de poeira?
A formação de um redemoinho de poeira é um processo que envolve a interação entre o calor intenso e as camadas de ar próximas à superfície.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e do Climatempo, a alta temperatura do solo aquece o ar diretamente acima dele. Esse ar aquecido se torna menos denso e começa a subir. Em áreas de relevo plano e com pequenas variações na direção do vento, esse movimento ascendente do ar pode ser perturbado.
Essa perturbação faz com que o ar comece a girar, criando uma espécie de vórtex. À medida que o ar quente e giratório sobe, ele puxa consigo a poeira e outros detritos do solo, formando a coluna visível. A altura e a largura do redemoinho podem variar bastante, desde pequenas colunas com poucos metros até fenômenos que se estendem por centenas de metros acima do solo.
Em Diamantino, o relato do morador indica que o redemoinho foi intenso o suficiente para causar danos materiais, o que não é incomum para esses eventos, dependendo da sua intensidade.

A largura desses redemoinhos, em geral, é de dezenas de metros, mas a densidade da poeira em seu interior pode variar. Alguns são tão densos que restringem a visibilidade, enquanto outros são mais rarefeitos, permitindo que se veja através deles.
Nos aeroportos, o fenômeno é identificado nas informações meteorológicas com a sigla “PO” (de “dust devil” ou “redemoinho de poeira”, em tradução livre).
Quando e onde os redemoinhos de poeira são mais comuns no Brasil?
Embora possam ocorrer em qualquer época do ano, os redemoinhos de poeira são mais frequentes no Brasil durante o fim do inverno e a primavera.
Este período é marcado por condições de tempo mais seco e temperaturas elevadas, especialmente no interior do país. As regiões do Centro-Oeste, o Tocantins, o sul do Pará, o oeste da Bahia e o oeste de Minas Gerais são áreas que, devido ao seu clima e relevo, apresentam condições favoráveis para o desenvolvimento desses fenômenos.
O registro do redemoinho em Diamantino, no Mato Grosso, é consistente com as condições climáticas típicas da região. O estado frequentemente enfrenta longos períodos de calor e baixa umidade, que são os principais ingredientes para a formação dos “dust devils”.
A presença de solo seco e a ausência de chuvas contribuem para que a poeira seja facilmente levantada e transportada pelo vento.

Em resumo, o redemoinho de poeira é um fenômeno natural impulsionado pelo calor e pelas variações de temperatura no ar. A ocorrência em Diamantino serve como um lembrete de que mesmo em dias de tempo aparentemente calmo, a força da natureza pode se manifestar de formas inesperadas.
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